Depressão, Dor Crônica e atividades físicas.
- Fernando ANGELI
- 2 de mar. de 2016
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Dentro de um consultório psicológico comumente se ouve de indivíduos que se auto diagnosticam como deprimidos, ou que de fato já lutam contra esta patologia por longa data, relatos sobre dor. Em diversos casos, esta alusão se faz tendo como pano de fundo a tristeza, a perda de interesse pela vida, aos sentimentos de culpa, e, ou à incapacidade de conceber a realidade que acomete estes indivíduos. Todavia, é muito importante ressaltar que, antes de tudo, podemos entender a Depressão como o resultado de uma forma de interpretar e dotar a realidade objetiva de sentido, que fundamenta a organização psicológica do indivíduo, tendo como base suas vivências e experiências subjetivas.
Muitas vezes, fato que nos interessa e muito, esta maneira de dotar a realidade de sentido está alicerçada em uma visão de quem sofre ou padece de questões não somente emocionais, mas físicas. Em pacientes com Fibromialgia ou transtornos ortopédicos graves percebe-se uma influência direta da condição física na qual se encontram estas pessoas, na maneira destes se relacionarem com o “eu” e com o meio. O que, a médio-longo prazo, pode evoluir para uma Depressão. (Delporto, 2009) Traz a contribuição em que, se observa o fato de que, nem sempre as queixas que mais diretamente conduzem ao diagnóstico da Depressão são referentes ao estado de ânimo, mas sim se relacionam aos sintomas somáticos que a pessoa percebe e apresenta.
A Dor Crônica, sob o ponto de vista ortopédico, seja originada por um trauma específico, ou seja, oriunda de um quadro de lesão degenerativa, pode facilitar um estado emocional ansioso, melancólico e até mesmo irritado. Ao passo que tais características se perpetuam pelo tempo, o indivíduo pode evoluir para uma Depressão. E o que nos possibilitaria alternar tal situação de modo favorável e funcional? Dentre as alternativas existentes para tal podemos citar a prática de exercícios físicos, tais como a Yoga.
Além de promover melhor consciência corporal, disciplina e bem-estar, as atividades físicas estimulam a atividade metabólica, o que também pode modular reações químicas no cérebro, produzindo sensação de bem-estar, saciedade e alívio, que auxiliam também na redução de respostas ansiosas no indivíduo e podem distanciá-lo de sintomas depressivos.
É importante que haja orientação profissional adequada para a prática de qualquer exercício físico, preservando as contraindicações médicas de cada indivíduo. Há, na literatura, relatos que sugerem redução na dor aguda e alívio nos sintomas crônicos em pacientes que buscam exercitar-se regularmente de modo funcional e adequado, fato que nos serve de sugestão e inspiração para evitar um mal que, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) figura como uma das principais causas de incapacitação social. Depressão jamais, atividade física, sempre! Meu agradecimento, um abraço à todos e até a próxima.
Referencias Bibliográficas:
DEL PORTO, J. Alberto. – “50: Frequently Asked Questions” – São Paulo, EPM – Editora de Projetos Médicos, 2009.
MARTI, R. Conrado – “A Contribution to the Study of Depression” – São Bernardo do Campo, Metodista, 1989.
Fonte da Imagem:http://fisioterapiadenisepripas.blogspot.com.br/2011/07/dor-cronica.html
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