Seletividade Natural
- Tais FARINA
- 2 de mar. de 2016
- 3 min de leitura

Há um bom tempo reflito sobre a seletividade natural que ocorre o tempo todo nas nossas vidas.
E todo início de Lua Minguante, período que nos convida ao desapego, ao deixar Fluir, deixar ir aquilo que não nos serve mais, percebo que se intensificam minhas reflexões sobre esse tema.
A Seletividade natural está em tudo.
No livre arbítrio que nos permite escolher diariamente. Escolher os parceiros de caminhada, os amigos, a profissão, o emprego, o lazer, os hobbys, as viagens, os livros que lemos, o filme que assistimos, a comida que comemos, os ambientes que frequentamos, a cidade que moramos... Enfim, que nos permite escolher como viver.
Mas oque esta por trás dessas escolhas? Como elas são feitas?
Acredito que há basicamente dois tipos de escolha. Aquela no nível da consciência que diz: vou por aqui porque de acordo com a minha razão, de acordo com que a sociedade/família esperam de mim e de acordo com oque aprendi como certo até agora, isso parece ser o melhor para mim.
E tem aquela mais profunda que esta diretamente vinculada à intuição, aos desejos do coração, a nossa essência e o que esta no âmago do nosso ser.
De qualquer forma a seletividade natural esta acontecendo. Afastando ou aproximando da gente exatamente aquilo que estamos emanando. Nem mais, nem menos.
Mas é na segunda opção de escolha, que entra a magia da seletividade natural da qual me refiro, e sim, ela é mágica e poderosa. Mas pra que ela possa agir nas nossas vidas de forma favorável, precisamos estar conectados com a nossa verdade interior e estar em paz com a mesma, conectados com nossos dons, compreendendo nossos processos e movimentos internos, acolhendo nossos sentimentos e sombras, encontrando um ponto de equilíbrio. Vivenciando um processo de elaboração que nos ensine a desapegar de tudo que a gente acha que sabe e de tudo que nosso Ego deseja que a gente saiba
Quando nos conectamos com esse profundo, naturalmente deixamos de avaliar se isso será bom ou ruim, porque sentimos intensamente que não há outro caminho, não há outra escolha, já não importa as consequências. A opinião das outras pessoas passam a ter outro peso, porque o caminho da verdade interna é um só.
A partir desse ponto quando nossas escolhas estão diretamente ligadas as escolhas do coração a vida começa a mudar em todas as esferas, absolutamente todas.
Passamos a não mais fazer escolhas erradas, não porque acertamos o tempo inteiro, mas porque as escolhas deixam de ser nomeadas e passam a ser vivenciadas.
Geralmente vinculamos o certo aos benefícios e o errado aos prejuízos, porém isso esta no nível da consciência porque depende de um ponto de vista. Quando a seletividade natural começa agir alinhada com as escolhas do coração, percebemos que oque importa são os aprendizados e não o saldo final avaliado por um mente condicionada à um sistema externo.
Comecamos a perceber que não há escolhas certas ou erradas, há apenas escolhas. Esse termômetro e essa diferenciação, se mede pela paz que sentimos em relação as nossas escolhas e nas bênçãos que começamos a perceber ao nosso redor.
Nesse momento quando suas escolhas estão conectas com o seu coração a seletividade natural encontra uma brecha para agir.
Começamos a entender a relação com a nossa família, o término de um relacionamento, uma amizade de infância que já não faz mais sentido. Percebemos o motivo pelo qual sentimos vontade de entrar em assuntos da Alma com algumas pessoas, ou um papo superficial com outras.
Afinal será que vale a pena abrir seu coração para alguém que está distante do próprio coração?
Começamos a entender como a afinidade e a sintonia agem nas nossas vidas. Entendemos porque atraímos um certo tipo de relacionamento amoroso, porque temos dificuldade de perceber quando um relacionamento chega ao fim, quando estamos insistindo demasiadamente, forçando a barra ou remando contra a correnteza.
A seletividade natural começa a agir em todos os campos, afastando oque deve ir, aproximando oque deve chegar e mantendo oque deve permanecer, sem que tenhamos que fazer um grande esforço para isso.
Nesse início do ciclo da Lua minguante, deixo um convite para essas reflexões.
Sinto que as minhas escolhas estão alinhadas com as escolhas do meu coração?
Estou onde gostaria de estar?
Consigo perceber o momento de encerrar um ciclo e me abrir para o novo?
Quais são os motivos que me impedem de bancar a minha verdade e me posicionar diante da vida?
Atraio para minha vida relacionamentos saudáveis onde recebo e forneço o melhor de mim?
Respeito o fluxo da vida respeitando meus próprios sentimentos?
Permito que a seletividade natural aconteca de forma saudável na minha vida?
As respostas estão todas aí, dentro da gente!
Namastê!
Fonte da Imagem: http://blog.opovo.com.br/artesanatodamente/saber-e-poder/
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