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Suicídio como uma alternativa disfuncional: outras formas de analgesia da alma.

  • Fernando Angeli
  • 25 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura

Versando mais uma vez sobre a importância do teor dos pensamentos que formalizamos em nosso psiquismo, e como isto define a forma de dotarmos a realidade de sentido, devemos sempre considerar o fato de que, aquilo que nos subsidia quando formalizamos uma determinada interpretação da realidade, é quem vai, fatalmente, definir os nossos sentimentos e o próprio sentido que a existência possui em nossa subjetividade.

Durkheim (1970) em sua extensa contribuição ao pensamento sociológico traz um estudo voltado à problemática do suicídio. Contextualizado num momento histórico determinado, o autor observara que, havia uma incidência maior deste fenômeno psicológico em momentos de vulnerabilidade econômica e cultural em certas localidades. Aprofundando o tema sob o ponto de vista psicológico, entende-se que o suicídio é um resultado sobre um modo específico de dotar a realidade de sentido, no qual a única alternativa ao sofrimento oriundo da existência seria a ausência de condições ao ‘existir’.

Deste modo, podemos sempre observar e, por que não, buscar ampliar a nossa autoanálise e críticas sociais, a fim de cada vez mais entender que a realidade, bem como a nossa interpretação sobre ela, pode apresentar-se de inúmeras formas. E ainda mais, considerando o movimento inevitável proposto pelo tempo e pela história, devemos entender que qualquer fato pode e deverá ser mutável de acordo com os anos. Quando nos respaldamos de tal modo, podemos iniciar uma ressignificação do suicídio e o seu papel dentro da escolha e racionalização humana.

É evidente que, eu, quem vos escreve não concebo esta opção como algo funcional dentro da existência humana. E não por qualquer pressuposto mítico, religioso ou moral, mas sim, e, principalmente, pelo fato desta opção vir a excluir todas as outras possíveis para elaborar conflitos e questões psicológicas. Assim sendo, não somente devemos buscar pensamentos positivos e funcionais para evitar transtornos emocionais, mas sim também imbuir nossa percepção da premissa que, a realidade pode ter várias maneiras de ser significada, e que dentro do comportamento e volição humanas, tem-se uma infinidade de alternativas. Tentemos sempre buscar novas maneiras de entender e interpretar a vida, uma vez que, esta nos pareça negativa e, ou, angustiante. Um grande abraço, obrigado e até a próxima.

Referência Bibliográfica: Durkeim, E. Sociologia e Filosofia. Rio de Janeiro, Ed. Forense, 1970.


 
 
 

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